Alma Naturista

O Eu – Aceitação interior

A primeira barreira reside dentro de nós.

O Eu – Aceitação interior

Nascemos Naturistas vindos de um meio ambiente auto-suficiente, pleno e repleto de bem-estar e conforto.

Não possuíamos nada mas tínhamos tudo o que precisavamos.

Chegámos leves por dentro e por fora, sem tabus, sem preconceitos, plenos de aceitação corporal e sem roupas.

De imediato a sociedade, a família e o meio envolvente iniciaram o nosso processo de transformação criando à nossa volta e dentro de nós barreiras atrás de barreiras, a moral, o social, o preconceito, a hipocrisia, a posse, etc.

Crescemos e vivemos a coleccionar roupa, tabus, barreiras familiares, sociais e profissionais.

Somos desde tenra idade e de forma continuada balizados, repreendidos e formatados através da família, dos amigos, da escola, da sociedade, do estado, dos média, etc.

Quando nascemos não escolhemos nenhuma destas entidades, viemos ao mundo no meio delas, fomos pela família nelas colocados e finalmente condicionados pelo nosso percurso anterior.

No entanto a partir de dado momento podemos escolher alternativas, novos caminhos e novos horizontes, sejam eles interiores ou exteriores.

A adesão interior ao Naturismo é um destes caminhos que podemos e devemos escolher, é um trabalho mais ou menos longo, diferente de pessoa para pessoa.

É uma caminhada a solo ou em grupo na qual aos poucos vamos tomando consciência do que somos, de quem somos e do que nos trouxe até este momento, de tudo o que incorporamos desde o nosso nascimento até ao presente.

O momento em si não escolhe idades ou lugares, acontece simplesmente, chega sem avisar e põe em causa muito do que nos incutiram ao longo da vida, questiona-nos, coloca-nos duvidas e abana o nosso EU.

Ao descobrimos um caminho e uma forma de estar na vida, mais leve, com menos obstáculos e que nos permite Ser e Estar mais perto de nós próprios e da própria natureza, conduzindo a um estado em que o passado e as condicionantes que nos impuseram perdem importância e relevo na nossa vida, tornando-nos mais vivos e mais despertos para o que nos rodeia, permitindo que possamos ver e apreciar a natureza, que a possamos sentir, que a possamos vivenciar e apreciar.

Chegados aqui acabámos de ultrapassar a 1ª barreira, passamos a aceitar o nosso Eu, o nosso interior adquire relevo, permitindo desta forma descobrir e realizar a existência de uma dimensão mais plena, ganhamos assim asas para novos voos permitindo a continuação da nossa caminhada em direcção às próximas barreiras.

Autor: Paulo Garcia

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